Tema: A democratização do acesso à internet no Brasil

26/11/2020
  • PROPOSTA ENEM: A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "A democratização do acesso à internet no Brasil", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
  • PROPOSTA VESTIBULARES (UNIRV, FUVEST, VUNESP ETC.): Escreva um texto dissertativo-argumentativo em prosa e utilizando-se da modalidade padrão da língua portuguesa acerca do tema: "É possível uma educação de qualidade sem acesso à internet?"
  • PROPOSTA GÊNEROS (UEG, UFU, UNICAMP ETC.): Suponha que você seja um articulista de um jornal de circulação nacional e escreva um ARTIGO DE OPINIÃO acerca do tema: "É possível uma educação de qualidade sem acesso à internet?"

Texto I:

Dados divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 45,9 milhões de brasileiros ainda não tinham acesso à internet em 2018. Este número corresponde a 25,3% da população com 10 anos ou mais de idade.

O levantamento foi feito no quarto trimestre de 2018 por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

Um ano antes, o número de brasileiros que não tinham acesso à rede mundial de computadores era de 54,5 milhões, o que correspondia a 30,2% da população com 10 anos ou mais de idade.

Fonte: G1

Texto II:

Texto III:

A pandemia de covid-19 trouxe à tona uma realidade que por vezes foi ignorada no Brasil: a falta de acesso à internet. A necessidade do isolamento social por conta do novo coronavírus, torna o momento decisivo para se aprofundar na discussão sobre o tema e conhecer quem está sendo deixado de lado.

Uma vez que o ensino a distância tem sido uma condição para garantir a aprendizagem de crianças e adolescentes durante a pandemia, o acesso à internet de qualidade passa a ser uma questão central para as famílias. Essa é a primeira de uma série de quatro reportagens do Brasil de Fato sobre os desafios da Educação a Distância (EaD).

Sem conexão

Hoje, 46 milhões de brasileiros não tem acesso à internet. Desse total, 45% explicam que a falta de acesso acontece porque o serviço é muito caro e para 37% dessas pessoas, a falta do aparelho celular, computador ou tablet também é uma das razões.

De acordo a pesquisa TIC Domicílios, realizada pelo Centro Regional e Estudos para Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), em 2019, 74% da população tinha acesso à internet, o que correspondia a 134 milhões de pessoas e 71% dos lares do país.

A pesquisa ainda indica que a cada cinco pessoas, uma afirma que só consegue acessar a internet através da rede emprestada do vizinho.

"Falando do nível de indivíduo, a gente pode dizer que o usuário de internet no Brasil é predominantemente urbano; escolaridade maior, principalmente médio e superior; tende a ter idade entre 10 e 45 anos; e sobretudo das classes mais altas, A e B", explica Fabio Storino, analista de informações do Cetic.

Internet para estudar

Quando se leva em consideração o grau de instrução, quanto maior a formação educacional, maior o acesso. Apenas 23% da população analfabeta ou que frequenta o ensino infantil tem acesso à internet. Entre os estudantes do nível fundamental, esse número sobe para 68%. Já entre os que têm nível superior, a marca é de 98%.

A faixa etária também é um dado importante quando se fala de conexão. A maioria dos usuários tem entre 10 e 45 anos e a cada dez pessoas com 60 anos ou mais, apenas quatro tem acesso à rede. Já quando se trata de renda, entre a população mais pobre, apenas seis de cada dez brasileiros conseguem navegar pela internet.

A pesquisa TIC Domicílios também revelou que apenas 41% das pessoas utilizaram, no último ano, a internet para realizar atividades ou pesquisas escolares. E apenas três de cada dez pessoas utilizaram a internet para assuntos relacionados a educação, entre a população dos indicadores D e E.

Se para alguns, mexer em um computador é uma tarefa simples, para 72% dos desassistidos, a falta de habilidade com o equipamento impede o acesso à rede.

Renda

Quando se olha para o recorte de renda, a população mais vulnerável concentra os maiores números. Para 57% das pessoas com renda de até um salário mínimo, a principal causa para o não-acesso são os altos preços do serviço no Brasil. Considerando a mesma faixa salarial, 46% dizem não ter aparelhos como celular ou computador.

Quase metade da população rural não tem acesso à internet

Se considerados os territórios, 75% da população urbana é usuária de internet, no campo esse número cai para 53%, ou seja, quase metade das pessoas que vivem em áreas rurais não acessa a rede de computadores. Os dados sobre a população mais pobre do país revelam que apenas metade das casas da classe D e E têm acesso à internet.

A pesquisa também revelou que cerca de 99% dos usuários navegam pela internet no celular e apenas 42% deles se conectam pelo computador, menos da metade das pessoas que usaram a internet no smartphone. Ainda segundo o estudo, em 2019, 58% dos brasileiros acessaram a internet exclusivamente pelo telefone. No Brasil, o acesso via computadores, notebook e tablets começou a cair a partir de 2015.

"No campo, o acesso somente via celular chega a quase 80% dos usuários e entre as pessoas de menor renda, das classes D e E, chega a 85%. O celular se tornou um dispositivo muito importante e muito relevante para o uso da internet no Brasil", explica Fabio.

Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2020/08/10/quem-sao-as-pessoas-que-nao-tem-acesso-a-internet-no-brasil 

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