Tema: Os desafios para se combater o tabagismo no Brasil

09/06/2020
  • Proposta ENEM:

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Os desafios para se combater o tabagismo no Brasil", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

  • Proposta VESTIBULARES:
Escreva um texto dissertativo-argumentativo em prosa, posicionando-se acerca do seguinte tema:

"O consumo de cigarro deve ser proibido no Brasil?"

  • Proposta GÊNEROS:
Suponha que você seja um articulista de um jornal de circulação nacional e escreva um artigo de opinião, posicionando-se acerca do seguinte tema:

"O consumo de cigarro deve ser proibido no Brasil?" 

TEXTO I

No Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado nesta sexta-feira (31 de maio), o Brasil tem motivos para comemorar. Dados inéditos do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) revelam que, em 2018, 9,3% dos brasileiros afirmaram ter o hábito de fumar. Em 2006, ano da primeira edição da pesquisa, esse índice era de 15,6%. Nos últimos 12 anos, a população entrevistada reduziu em 40% o consumo do tabaco, o que reforça a tendência nacional observada, ano após ano, de queda constante desse hábito nocivo para a saúde.

Fonte: Ministério da Saúde

TEXTO II

CONSEQUÊNCIAS DO TABAGISMO

O tabagismo é a principal causa de câncer de pulmão, sendo responsável por mais de dois terços das mortes por essa doença no mundo. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, até o final de 2019, sejam registrados 31.270 novos casos de câncer de traqueia, bronquio e pulmão em decorrência do tabagismo, sendo 18.740 em homens e 12.530 em mulheres. O câncer de pulmão é o segundo mais frequente no país. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, mostram que 27.833 pessoas foram a óbito em 2017 devido a essa causa. Entretanto, as consequências dos cigarros não são apenas essas.

O número de mortes e internações é maior quando se considera que o tabagismo causa outras doenças. Segundo o INCA, em 2015, as mortes com relação direta ao uso do tabaco são: doenças cardíacas (34.999); doença pulmonar obstrutiva crônica - DPOC (31.120); outros cânceres (26.651); câncer de pulmão (23.762); tabagismo passivo (17.972); pneumonia (10.900) e por acidente vascular cerebral - AVC (10.812).

O Instituto também afirma que a assistência médica associada ao tabagismo gerou, em 2015, R$ 39,4 bilhões em custos diretos. Além disso, a perda de produtividade associada ao hábito de fumar, no mesmo ano, chega a R$ 17,5 bilhões em custos indiretos devido às mortes prematuras e incapacidades.

Fonte: Ministério da Saúde

TEXTO III

São Paulo, 24 de maio de 2019 - De acordo com últimos dados da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde, a taxa de jovens entre 18 e 24 anos fumantes saltou de 7,4% em 2016, para 8,5% em 2017. Apesar do crescimento de pouco mais de um dígito, o número alcançou a taxa registrada há seis anos nessa faixa etária e preocupa os médicos, afinal, adquirir o vício ainda na juventude aumenta o tempo de exposição do organismo ao cigarro e com isso, cresce também o risco de o fumante desenvolver câncer de pulmão, o segundo tipo mais frequente em homens e mulheres no Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma), de acordo com INCA (Instituto Nacional do Câncer).

Para conscientizar a população, a OMS (Organização Mundial da Saúde), instituiu a data de 31 de maio como Dia Mundial Sem Tabaco, que este ano tem como tema "Saúde, Tabaco e Pulmão", visando alertar sobre o impacto negativo do tabaco, principalmente o cigarro industrial, por ser o tipo mais consumido no mundo. De acordo com a OMS, 24 milhões de adolescentes entre 13 e 15 anos no mundo fumam cigarro. No Brasil, 10% da população é fumante e estima-se que 100 mil sejam adolescentes.

Segundo o Dr. Carlos Teixeira, oncologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, oito a cada 10 pacientes com câncer de pulmão já fumaram ou fumam. "O cigarro é o principal fator de risco para desenvolvimento da doença. Por isso, é importante focar na prevenção da população. Quanto antes a pessoa parar de fumar melhor".

O médico ainda aponta que leva de 25 a 30 anos, para uma pessoa que parou de fumar voltar a ter risco de desenvolver câncer de pulmão igual ao de um indivíduo que nunca fumou. "Quanto mais cedo a pessoa tiver contato com tabaco, maior o risco".

O uso do narguilé, cada vez mais popular entre os jovens, veem preocupando especialistas, que afirmam que além dos impactos à saúde, pode ser o gatilho de acesso ao consumo do cigarro industrial. "O Brasil é referência no combate ao tabaco, por conta da Lei Antifumo, que entrou em vigor em diversos estados em 2009, e em todo o país em 2011. Porém, os adolescentes de hoje não foram 100% impactados pela campanha antitabagismo, pois eram ainda mais jovens na época da disseminação da campanha", esclarece Teixeira.

Fonte: https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/releases/uso-do-cigarro-cresce-entre-jovens#:~:text=S%C3%A3o%20Paulo%2C%2024%20de%20maio,8%2C5%25%20em%202017.

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